O LIVRO

‘’Na obra poética e pictórica Timbre do Silêncio, André Cannavaro nos convida a ver, ler, ouvir, sentir e distinguir o seu universo pelos seus sons interiores, que possuem as mesmas frequências e intensidades isoladas para nossa alma acorrentada ao fenômeno social unificado pela globalização. Apresenta percepções únicas do artista frente aos acontecimentos contemporâneos, que, na maioria das vezes, sonoramente nos emudecem frente à avalanche de notícias quase inventadas’’. – Ricardo Barradas

ENTENDA MAIS

O espelho devolve-lhes a imagem de um corpo que transborda. Muitas pessoas lidam todos os dias com o olhar do outro, que julga sem questionar e profere sentenças sem receio de ferir. São condenados sem hipótese de recurso e recordados a cada passo que, afinal de contas, ‘’só é gordo quem quer’’. Será?Amanda tinha 25 anos quando os ponteiros da balança lançaram os primeiros alertas. Problemas hormonais e duas gravidezes levaram-na aos 170 quilos. O corpo foi deixando de lhe obedecer e tarefas simples do dia a dia, como vestir-se ou caminhar, pouco a pouco tornaram-se tudo menos simples. Deixou de conseguir vestir calças, calçar-se, estar de pé provoca-lhe dores na coluna e caminhar com dificuldade, como alguém que aprende a andar.Ao longo dos anos, foi aprendendo também a lidar com o preconceito: “Quem se senta nos transportes levanta-se, quem me vê ri, há quem me diga para pagar dois bilhetes, há quem me diga porque é que não fecho a boca, as pessoas perguntam se eu não tenho pena de mim, se não tenho amor próprio. As crianças olham e perguntam: ‘‘Mãe, como é que essa senhora é tão gorda assim?”Deixou de poder trabalhar, desenvolveu problemas respiratórios que a impedem de dormir e os magros rendimentos não lhe permitem seguir as dietas rigorosas impostas pelos nutricionistas. “Os médicos explicavam-me o que comer a cada refeição, só que quando não se tem recursos, não se pode fazer tudo como eles dizem. O que se tem em casa, é o que se vai comendo. Há dias que nem janto, tomo só chá…”, afirma. A maior preocupação é ter comida na mesa para alimentar os dois filhos, sendo que o mais velho apresenta já tendências para a obesidade.“Ninguém aguenta dieta a vida inteira”Com excesso de peso desde criança, era ainda adolescente quando consultou o primeiro nutricionista, mas os médicos nunca souberam explicar a razão pela qual a balança não lhe dava tréguas.Diabetes, hipertensão arterial, enfarte do miocárdio, AVC e doença renal crónica são alguns problemas derivados da obesidade.“Pode ser que a minha genética está predisposta para eu ser gordinha, para ser gorda, para ser obesa. Este desenvolvimento de situações levaram-me ao que eu cheguei a ser e ainda hoje sou, mas o que não sabemos, os médicos não sabem, não há justificativa”, afirma.É do senso comum que alimentação saudável e exercício físico são dois fatores essenciais para um corpo magro e saudável. Mas haveria algo mais  que  influenciasse a perda de peso? Para neurocientistas, os fatores genéticos são os que mais influenciam o peso. A leptina é um hormônio que informa que já existe gordura suficiente e faz o cérebro ativar neurônios para queimar a gordura. Na obesidade, existe um boicote ao trabalho dos neurônios que libertam um químico para ajudar a perder peso.Segundo o estudo realizado pelo Atlas Mundial da Obesidade em 2022 e divulgado pela Federação Mundial da Obesidade, é esperado que o Brasil apresente 29,7% de sua população adulta com obesidade até 2030. Deste total, 33,2% serão mulheres e 25,8% serão homens. No cenário mundial, o número é ainda mais impactante.A obesidade é um dos problemas de saúde mais graves hoje em dia. Problema mundial, a estimativa é de que em 2025 haja 700 milhões de pessoas com obesidade.Mais de 20% da população mundial será obesa em 2025Excesso de peso, obesidade, obesidade mórbida. Trata-se da epidemia do século XXI, mas traz ainda desconforto aos olhos e às palavras. Multiplicam-se os episódios em que Denise se sentiu diferente.

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